sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.

Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia.
Porta fechada, foi que encontrei...
Cora Coralina 




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O tempo e o pensamento

Father Time Overcome by Hope, Love, and Beauty, 1627, Simon Vouet (French Baroque Era Painter, 1590-1649), Oil on canvas, 107 x 142 cm, Museo del Prado, Madri

A questão sobre a natureza do Tempo, problematizado pelos filósofos pré- socráticos, é um tema transformador, relacionado ao ideal metafísico, onde auxilia-nos a compreender que a vida se transforma num ato contínuo a partir dele. Opiniões opostas como a de Anaximandro de Mileto (60 a.C.- 545 a.C.), que via nele uma maneira de correção da injustiça moral em que consiste a existência singular, e também Heráclito de Éfeso (535 a.C. - 475 a.C.), que o considerava fonte de renovação da vida. Aristóteles, na Física, já abordava problemas à existência do tempo. Para o filósofo, o tempo não poderia existir, já que nenhuma das suas partes existe. O instante presente, por não ter duração precisa, o passado já aconteceu e o futuro ainda não é. A visão de Immanuel Kant, sobre o tempo é baseada na estrutura da relação do sujeito com ele próprio e com o mundo. É uma forma a priori da sensibilidade, juntamente com o espaço. O tempo é uma intuição pura a priori no plano da sensibilidade, é uma noção objetiva de observação e não é extraído da experiência, mas sim prévio a qualquer experiência. Poderíamos discorrer na linha do tempo, sobre o pensamento de vários filósofos, mas no vórtice da vida , vamos tomar os citados como base, mas mudar um pouco a direção e nos apoiar sob a justificativa de que o tempo é caminho precioso para nossa evolução, pois como bem discorria o filósofo J. Herculano Pires “curta é a vida, longo é o tempo”. À semelhança dos antigos filósofos, diríamos que os dias atuais exigem respostas incisivas e concisas. A maioria diria que não há tempo. Analisando a realidade do tempo e mergulhados nesse processo, reflexionamos sobre o Ser psicológico. Geralmente, alguém que se equivocou não gosta de lembrar o passado. Mas é imprescindível não esquecer que vivemos com acertos e erros. Se nos infelicitamos também entendemos e amamos outras pessoas. O melhor então, é seguir em frente. Muitas vezes queremos retornar ao passado com o conhecimento que possuímos hoje, para não cometermos os mesmos erros; talvez isso ocorresse, mas, e se não tivéssemos forças suficientes para encarar o mesmo problema novamente? Partindo desse pressuposto, arquivado no nosso subconsciente, já visualizamos nosso futuro carregado de desafios, vazio. Diante de uma sociedade consumista, na qual estamos inseridos, envolvidos numa balbúrdia, onde atropelam-se os significados de qualidade, onde perde-se a escala de valores, e o que conta é o Ter, não o Ser, desse modo, nos envolvemos em incertezas e preocupações. Grassa uma lenda, que certa vez, um mestre, informado que ocorrera grande incêndio numa floresta próxima dali, convidou seus discípulos para que fossem novamente plantar cedros no terreno, após prepará-lo. Um discípulo perguntou-lhe: Mas para que plantar o cedro hoje, se ele demora dois mil anos para desenvolver-se e chegar à plenitude? O sábio respondeu-lhe: Não sabemos quem plantou aqueles que morreram, embora nos oferecessem sombra e vida para sempre. Já que demoraram tanto para desenvolver-se, não percamos tempo. Assim deveríamos encarar o Tempo, e a experiência que resulta da vivência, portanto, cada instante merece um investimento preciso, se pretendemos direcionar para o futuro. Já dizia um sábio da Antiguidade “Conhece-te a ti mesmo”. Ao tempo em que naves adentram o Sistema Solar, escutam o pulsar das estrelas, buscando a linguagem da vida, que consigamos conciliar nossa vida e o tempo, pois o tempo é como uma pedra preciosa por lapidar. Dia a dia, nos desgasta e nos transforma, até que um novo entendimento da vida nos faça brilhar, através de uma viagem interior em busca da meta final: felicidade!


terça-feira, 5 de outubro de 2010

A filosofia do amor

Que pode uma criatura senão, / entre criaturas, amar? Os versos de Drummond encerram uma pergunta retórica, cuja resposta se conhece de antemão. Mas a forma como o poeta imprime às palavras uma melodia obsessiva, repetindo um vocábulo intenso como criatura, renova a questão, como se ele e nós ignorássemos a inevitabilidade do amor. O filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) inicia sua Metafísica do Amor admitindo que os poetas sempre falaram mais e melhor sobre esse assunto do que seus colegas de filosofia. Platão, reclama o autor, deteve-se mais no amor dos gregos por rapazes, passando ao largo do amor entre homem e mulher. Já Spinoza definiu o sentimento como uma cócega acompanhada da idéia de uma causa exterior. O propósito de Schopenhauer é ultrapassar tais diversionismos e determinar a razão que incita a amar e malamar, / amar, desamar, amar como diria Drummond um século depois. Sua hipótese, como anuncia o título, é metafísica: o ser humano é impelido ao ato amoroso por uma misteriosa vontade de vida que, alheia aos possíveis sofrimentos (e prazeres) do indivíduo.
Fonte de pesquisa: Superinteressante

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Noites com Sol"

Há pessoas que passam por nossa vida como um raio numa chuva forte de verão e que mesmo com a dinâmica dos dias vividos e superficialidade do momento, deixam marcas.
Tenho essa sensação dentro de mim, que me instiga a aproveitar todas as oportunidades de conhecer o outro. Entenda como o outro, aquele que passa ao nosso lado no dia a dia. Gosto de conhecer, de perceber, de trazer para perto esse sentimento que brota quase que instantâneamente quando percebemos uma afinidade real, algo positivo que brota de um olhar, de uma palavra, de um contexto que se forma a partir do respeito, da afabilidade, da amizade que vai construindo-se ao longo dos dias. Você já parou para pensar o quanto pode ser importante para alguém? O peso de um ensinamento repassado; a trajetória que as palavras seguem até envolver o intelecto e o coração das pessoas? Atitudes que marcam alguém de forma especial? Às vezes uma ação desperta no outro aquele estímulo que renova esperanças. Aproveite as possibilidades de fazer alguém feliz e de ser feliz, você verá que há dias chuvosos, mas há aqueles que trazem o sol, o amor...ouça “Noites com sol” de Flávio Venturini, feche os olhos e deixe o sol entrar através do sentimento de paz que vai surgindo, embalado pela música que faz vibrar o que há de melhor no imo de sua alma.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Happy Birthday

Recebi a música e o poema de uma querida amiga hoje. Compartilho com vocês. E como diz o cantor/compositor Tulio Deck: "o que se leva da vida, é a vida que se leva"; por isso nunca é demais cultivar o carinho, o respeito, a amizade dos que convivem conosco. Nem sempre acertamos, mas com o tempo entendemos que se não aprendemos por opção de escolha consciente, passamos forçosamente pela dor, para entender a vida. Ela manda seus recados. E como a vida é uma experiência baseada nas relações, temos de levar em conta que os desejos das outras pessoas são tão necessários quanto o nosso. Portanto para perseguirmos nossos objetivos precisamos ter no nosso imo que não estamos prejudicando ninguém. É, mas isso só o tempo ensina, nada melhor do que ele. Em razão disso, estou grata por comemorar mais um aniversário, onde o tempo me mostra que o aprendizado cotidiano é o treinamento para uma vida mais feliz, embora os percalços pelo meio do caminho.



AMIZADE NÃO ENVELHECE

Soneto clássico decassílabo sáfico-heróico Nº 1580
Por Sílvia Araújo Motta

Posso afirmar que passa o tempo e o ano
sempre a chegar no dia que amanhece
vem renovar a fé, traçar o plano
que a mágoa expulsa e todo mal esquece.

A verdadeira união não causa dano...
Amizade é semente boa e cresce
no coração que faz do amigo, mano,
que rega, rega e um dia floresce.

Amiga flor, leal, jamais se esquece!
Quem planta amor, perfuma a dor-saudade...
Quando se esvai, à face o pranto desce.

A cada dia o fruto amigo vence
toda a intempérie e prova que a amizade
não envelhece e fibra imortal tece.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

AÑOS


Muitas vezes, a imagem, a música nos sensibilizam, expressando por nós aquilo que sentimos. A informação passa a ser mais intuitiva, as ideias oscilam porque estamos tão condicionados ao reducionismo racional, que a reflexão se torna difícil, mas o conhecimento visual facilita a compreensão daquilo que muitas vezes não temos materialmente, ou fisicamente. A intuição não deve se opor à razão, mas os caminhos percorridos nem sempre são os mesmos. O ser humano tem dimensões ainda desconhecidas, potenciais que merecem uma maior atenção. Como diz o escritor Augusto Cury: "Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência." Fica o convite, para abrirmos nossas janelas, com essa belíssima canção de Pablo Milanés..

domingo, 15 de agosto de 2010

O Amor




Não há como duvidar de que a travessia das veredas humanas, com objetivos evolucionais, mais se assemelha a uma viagem através de escarpada estrada, onde o viajor poderá deparar-se com pedras e calhaus, com tempestades de areia, com animais ferozes, com saqueadores implacáveis ou com armadilhas forjadas pela própria natureza em suas manifestações.

Porém, importante será considerar as situações difíceis vividas na Terra como lições grandiosas, mesmo quando frustrantes e doloridas, que, no entanto, promovem a alma às altiplanuras do progresso, da felicidade e da paz.

Não se pode desconsiderar o valor das virtudes enriquecedoras do coração, que têm o amor como seu ponto culminante. E é por meio do desenvolvimento dessas virtudes que se vai encontrando maiores condições para a indispensável travessia, ao mesmo tempo em que, enquanto se realiza a travessia, a alma vai lobrigando o surgimento dessas excelentes expressões evolutivas, das virtudes.

Só o amor é apto a transformar as indisposições para efetuar-se a jornada em coragem e força de vontade para alcançar-se o êxito esperado.

Só o amor é capaz de transfazer os pedrouços que perturbam os passos em calçamento que estabelece maior conforto na via.
Com o amor as erosões que aparecem no trajeto podem ser sinalizadas, para que se façam estações de aprendizagem, a fim de que não ofereçam mais perigos aos transeuntes.

É a partir do amor que todas as dificuldades da experiência humana conseguem ser transfeitas em material didático na formidável escola do mundo, ensinando a cada alma os melhores recursos para a inadiável travessia pelas complicadas veredas em que nos achamos todos os terrenos filhos de Deus.

Enquanto, mundo afora, as situações das existências mostram-se dramáticas e desafiadoras, impondo aos habitantes do planeta tensões e aflições de todos os matizes, só a presença do amor, em suas mais diversificadas roupagens e tinturas, torna-se capaz de conferir disposição e coragem para que não percamos a ensancha da conquista de nós sobre nós mesmos, e de nos lançar a cativar os corações dos irmãos que rumam conosco em busca de equilíbrio e segurança, de alegria e de paz.

Só o amor retrata a vontade divina que nos concede os mais ásperos rumos, a fim de que, com a nossa própria luta e sede de progredir, galguemos a superação dos nossos limites, engrandecendo-nos para a vida, mas para uma vida plena, isto é, para uma vida feliz. E, somente pelo amor a alma humana se dispõe a fazer esses esforços e seguir, estrada acima, vencendo os entraves em torno dos seus pés, trabalhando, firmemente, para emundar o cerne da própria alma.

Texto de Guilherme T. March – psicografia de José Raul Teixeira

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Aprendendo além dos lobos"



“Aprendendo além dos Lobos” é uma fábula de aprendizagem, sintetizando, assim se processa a história: Ela nos fala de ovelhas que enfrentavam um grande problema: O ataque incessante dos lobos, esses ataques já eram vistos como comuns, e as próprias ovelhas já estavam acostumadas com essa situação. Porém, certo dia, uma delas resolveu questionar essa cultura que imperava para todas elas, por que as ovelhas não podiam evitar os ataques dos lobos? Se os lobos eram espertos, e aprendiam rápido, elas deveriam aprender mais rápido do que eles... Esse foi o começo para uma grande mudança na vida das ovelhas, a partir daí começaram a partilhar e buscar novas informações, e também a exporem suas idéias, com isso as ovelhas conseguiram juntas alcançar o seu objetivo inicial, terminar com o ataque dos lobos, pelo menos até os lobos acharem outro meio de atacarem as ovelhas... No caso específico, usei para comparação com a importância do uso da didática em sala de aula. A didática nos auxilia, futuros educadores que somos, a entender, refletir, sobre os vários processos de ensino e aprendizagem. Partindo desse pressuposto, vemos que ao professor não cabe somente ter competência, qualificação, mas o estudo da didática é necessário para tornar o ensino mais eficiente e adaptado às possibilidades do educando. Analisemos a fábula e sua relação com a atuação do professor. Nesta fábula, onde os lobos sempre devoravam as ovelhas, certa vez, uma ovelha chamada Otto, deu o primeiro passo para que as ovelhas tivessem uma visão realista sobre o modo de vida delas, refletissem sobre o problema. Lógico que houve protestos pois a maioria estava habituada a viver desse modo, e algumas ovelhas protestaram contra as mudanças sugeridas por Otto, quanto a se organizarem e planejarem uma maneira de livrarem-se dos lobos, visando o bem do rebanho. Juntas começaram a se organizar, a buscar informações e também a ouvir as idéias de todos, e a compartilhar, como nos mostrou a ovelhinha que solucionou o problema dos espinhos na pata. No momento que começaram a interagir, a aprender em grupo e a executar seus planos, puderam verificar que o objetivo, embora os percalços do caminho (a morte de Otto, snif...); pelo menos momentaneamente, foi alcançado. Isso foi o começo para a grande mudança de vida delas. O professor a fim de que bem conduza a aprendizagem, deve sempre usar a didática que estabelece princípios e normas, de forma geral, que regulamentam o trabalho docente, pois não basta que conheça bem o assunto, é de vital importância saber transmití-lo também. Aprendemos a ser organizados, e para isso, começamos com o planejamento que é a preparação da aula, atividades extra curriculares, para um bom desempenho e para que o objetivo do ensino seja atingido com os alunos. Em seguida, vem a execução que visa a integração entre as técnicas de ensino, a aprendizagem, o direcionamento das atividades, dentro e fora de classe. Em terceiro, seria a verificação onde vemos se a execução alcançou o objetivo desejado e se existe necessidade de retificar o planejamento. Utilizando-se dessas fases, do instrumento da didática, a realização plena pode ser alcançada. As ovelhas tiveram que reformular seus conceitos, e se abrir para um novo aprendizado. Assim deve ser com o professor, o condutor do grupo, as deficiências só serão sanadas se ele se preparar para a aula, levar em conta as capacidades e limitações de cada um, o meio econômico e social, estimulando, integrando, fazendo com que o aluno participe, e assim todos atinjam o interesse comum que é a: educação.

domingo, 30 de maio de 2010

Poema de Outono

O vento soprou tão doce e sereno 
Tocou-me ao de leve girou sentimentos, dormentes, silentes 
Que em voo rasante tocaram o chão 
O fundo da alma fez-se de cor de ouro,
Castanho ou laranja 
Deu frutos já secos, de um doce amargo 
Surgiu o outono, no meu coração. (Num dia de sol a antecipar o outono)
Fonte: http://mulher50a60.weblog.com.pt/arquivo/2004/09/poema_de_outono.html

Saber Ouvir

Saber ouvir
Ela era uma senhora solitária, envolta no luto da dor, desde que o marido morrera. Vivia só, na grande casa do meio da quadra. Casa com varanda e cadeira de balanço. Todas as manhãs, o entregador de jornais, garoto de uns 10 anos, passava pedalando sua bicicleta e, num gesto bem planejado, atirava o jornal nos degraus da varanda. Nunca errava. Paff! Era o sinal característico do jornal caindo no segundo degrau. Então, numa manhã de inverno, quando se preparava para lançar o jornal, ele a viu. Parada nos degraus da varanda, de pé, acenando-lhe para que se aproximasse. Ele desceu da bicicleta e foi andando em direção a ela. O que será que ela quer? - Pensou o garoto. Será que vai reclamar de alguma coisa? Venha tomar um café, falou a senhora. Tenho biscoitos gostosos. Enquanto ele saboreava o lanche que lhe aquecia as entranhas, ela começou a falar. Falou a respeito do marido, de suas vidas, da sua saudade. Passado um quarto de hora, ele se levantou, agradeceu e saiu. No dia seguinte e no outro, a cena se repetiu. O menino decidiu falar a seu pai a respeito. Afinal, ele achava muito estranha aquela atitude. O pai, homem experiente, lhe disse: Filho, ouça apenas. A senhora Almeida deve estar se sentindo solitária, após a morte do marido. Deixe-a falar. Recordar os dias de felicidade vividos deve lhe fazer bem ao coração. É importante que alguém a ouça. Nos dias que se seguiram, nas semanas e nos meses, o garoto aprendeu a ouvir, demonstrando interesse em seus olhos verdes e espertos. Quando a primavera chegou, ela substituiu o café quentinho pelo suco de frutas. O verão trouxe sorvete. Ao final, o entregador de jornais já iniciava sua tarefa pensando na parada obrigatória em casa da viúva. Habituou-se a escutar e escutar. Percebeu, com o tempo, que a velha senhora foi mudando o tom das conversas. Como a primavera, ela voltou a florir, nos meses que vieram depois. Quando o ano findou, o menino foi estudar em outra cidade. O tempo se encarregaria de lecionar mais esperança no coração da viúva e amadurecer ideias no cérebro jovem. Muitos fatores contribuíram para que o garoto e a viúva não tornassem a se encontrar. Contudo, uma lição o acompanhou por toda a vida. Ele nunca se esqueceu da importância de ouvir as pessoas, suas dificuldades, seus problemas, suas queixas. Lição que contribuiu também para o seu sucesso como esposo, pai de família e profissional.  É, saber ouvir também é uma maneira de aprender e ajudar, e indo mais além, como escreveu o filósofo e jornalista Carlos Abranches: "Insinuar que não se escuta é sinal de que ouvir pode ser algo mais difícil do que se pensa". Pensemos nisso.
Com base no texto: "O que aprendi com os vizinhos", de Seleções Reader´s Digest, de abril de 1999

terça-feira, 13 de abril de 2010

Hoje estou muito feliz, acabei de saber que receberei livros de Filosofia sobre a Grécia Antiga de um amigo grego. As edições são em inglês e eu estou ansiosa para recebê-los, afinal amo Filosofia, embora o caminho que tenha a percorrer nessa área seja longo. Mas nada é finito. Todo dia é momento de se abrir para o novo, de tornar nossas sublimes aspirações em realidade, sermos otimistas; afinal o propósito da existência humana é o progresso, é acender uma luz na escuridão dos nossos pensamentos muitas vezes sombrios pelas desilusões sofridas, o que é inevitável em certos momentos, mas só não passa por isso quem nunca teve que tomar certas atitudes de coragem, quem não tentou sair da estrada e fazer uma trilha. O essencial é arriscar, é criar oportunidades, que se apresentam a cada um de nós cotidianamente. Evidente que ter coragem, ousar é importante, mas sem passar por cima de ninguém porque nunca seremos felizes fazendo alguém infeliz. O que importa na vida não é vencer sempre, é aprender com a luta, é se abrir para o novo como disse anteriormente. "É um homem sensato aquele que não lamenta pelo que não tem, mas se alegra pelo que tem." -Epictetus

domingo, 11 de abril de 2010

Pessoas e saudade...

Pessoas passam por nossa vida diariamente; de uma forma ou de outra deixam marcas, muitas vezes cicatrizes, perfumes, saudade...e esse ser humano que passou por minha vida só deixou coisas boas. Foi meu sogro e continua sendo um amigo sincero e leal a quem tenho verdadeiro apreço, embora a distância que nos separa, eu moro em um estado e ele em outro, mas em pensamento sei que continuamos unidos. Poeta dos melhores, uma sensibilidade verdadeira, aproveito e transcrevo aqui um de seus belíssimos poemas, que me enviou certa vez.

Estimada e Querida Por mim, dedico com carinho a você esta minha poesia...

Três horas da madrugada esta é à hora da neblina e do encanto,

Quando a lua sorrateira com o seu facho ilumina os montes,

o fresco orvalho nas flores se faz presente e o corvo voa silencioso

O opaco veste o ambiente, é hora de meditação.

Que relembro meus tempos idos, não escuto, na noite sequer um gemido.

Eis me só, enclausurado em mim, mesmo não querendo, me sinto perdido...

Contudo, a vejo no meu aguçado sentido...

Um poema do Roberto Castro Del´Secchi'

sábado, 10 de abril de 2010

Canção que marcou minha vida

Cada um de nós tem uma canção ou canções que marcaram uma etapa de nossas vidas. Coloco aqui uma que marcou minha existência. Jovem ainda, 16 anos, ouvi essa música pela primeira vez quando um namoradinho na época pediu para tocarem na quermesse da igreja. Neste instante os convido a ouvir "How deep is your love" com Bee Gees.
E você, tem aguma canção especial que o marcou?

A Ilha das Flores

Um documentário que nos mostra a realidade da vida. O capitalismo selvagem.
Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. Vale a pena assistir, reflexionar e a partir de nós, buscar soluções para uma sociedade mais justa.

A história das coisas com Annie Leonard

O que é o vídeo História das Coisas ?

Fala da extração e produção até a venda, consumo e descarte, de como todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.

História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.


sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Poeminha Amoroso" Este é um poema de amor tão meigo, tão terno, tão teu... É uma oferenda aos teus momentos de luta e de brisa e de céu... E eu, quero te servir a poesia numa concha azul do mar ou numa cesta de flores do campo. Talvez tu possas entender o meu amor. Mas se isso não acontecer, não importa. Já está declarado e estampado nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema, o verso; o tão famoso e inesperado verso que te deixará pasmo, surpreso, perplexo... eu te amo, perdoa-me, eu te amo... "Poeminha Amoroso" Cora Coralina

Cotidiano



Escrever, tarefa difícil, ainda mais para pessoas sinceras como eu que mantém as portas dos bons sentimentos sempre abertas. Não espero que as pessoas entendam os meus escritos, apenas escrevo com intenção de buscar alívio para minhas dores, quiçá mantidas em segredo; e quem sabe com isso auxiliar alguém, trocar ideias, construir amizades com bases sólidas. A vida nos reserva tantas surpresas que às vezes pensamos estar sozinhos, mas esta é uma certeza que tenho, nunca estamos sós, vamos construindo ao longo do caminho, traçando objetivos, e se pararmos para observar os saldos são muito mais positivos que negativos. Neste momento eu deveria exatamente estudar para uma prova difícil na faculdade, estou tensa, matéria de difícil entendimento para mim (Lógica Transcendental). Também, resolvi voltar a estudar depois dos quarenta, já monorrenada, com insuficiência renal, mas eu sempre corri atrás de tudo na vida, nunca deixei me abater, não seria agora que isso aconteceria. E que grata surpresa me superar a cada dia, embora os momentos onde a vontade de largar tudo apareça. Me sinto como a crisálida que vai devagarinho transformando-se em borboleta, até deixar o casulo. Essa transformação é perene, mas vamos alçando nosso vôo, como a borboleta, afinal nada melhor do que viver cada dia extraindo as coisas boas que ele possa oferecer. Só assim mostramos o que somos e crescemos simultâneamente.E como dizia Sócrates: "O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar".
"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição." -- Aristóteles