sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ivan Lins

Letras de Ivan Lins

sábado, 10 de outubro de 2015

O Amor


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Não há como duvidar de que a travessia das veredas humanas, com objetivos evolucionais, mais se assemelha a uma viagem através de escarpada estrada, onde o viajor poderá deparar-se com pedras e calhaus, com tempestades de areia, com animais ferozes, com saqueadores implacáveis ou com armadilhas forjadas pela própria natureza em suas manifestações.

Porém, importante será considerar as situações difíceis vividas na Terra como lições grandiosas, mesmo quando frustrantes e doloridas, que, no entanto, promovem a alma às altiplanuras do progresso, da felicidade e da paz.

Não se pode desconsiderar o valor das virtudes enriquecedoras do coração, que têm o amor como seu ponto culminante. E é por meio do desenvolvimento dessas virtudes que se vai encontrando maiores condições para a indispensável travessia, ao mesmo tempo em que, enquanto se realiza a travessia, a alma vai lobrigando o surgimento dessas excelentes expressões evolutivas, das virtudes.

Só o amor é apto a transformar as indisposições para efetuar-se a jornada em coragem e força de vontade para alcançar-se o êxito esperado.

Só o amor é capaz de transfazer os pedrouços que perturbam os passos em calçamento que estabelece maior conforto na via.
Com o amor as erosões que aparecem no trajeto podem ser sinalizadas, para que se façam estações de aprendizagem, a fim de que não ofereçam mais perigos aos transeuntes.

É a partir do amor que todas as dificuldades da experiência humana conseguem ser transfeitas em material didático na formidável escola do mundo, ensinando a cada alma os melhores recursos para a inadiável travessia pelas complicadas veredas em que nos achamos todos os terrenos filhos de Deus.

Enquanto, mundo afora, as situações das existências mostram-se dramáticas e desafiadoras, impondo aos habitantes do planeta tensões e aflições de todos os matizes, só a presença do amor, em suas mais diversificadas roupagens e tinturas, torna-se capaz de conferir disposição e coragem para que não percamos a ensancha da conquista de nós sobre nós mesmos, e de nos lançar a cativar os corações dos irmãos que rumam conosco em busca de equilíbrio e segurança, de alegria e de paz.

Só o amor retrata a vontade divina que nos concede os mais ásperos rumos, a fim de que, com a nossa própria luta e sede de progredir, galguemos a superação dos nossos limites, engrandecendo-nos para a vida, mas para uma vida plena, isto é, para uma vida feliz. E, somente pelo amor a alma humana se dispõe a fazer esses esforços e seguir, estrada acima, vencendo os entraves em torno dos seus pés, trabalhando, firmemente, para emundar o cerne da própria alma.

Texto de Guilherme T. March – psicografia de José Raul Teixeira

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.

Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia.
Porta fechada, foi que encontrei...

O Amor

O Amor

Léon Denis
O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, os governa e fecunda; o amor é o olhar de Deus!
Não se designe com tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem. de um grosseiro simulacro do amor. O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós felicidades íntimas que se afastam extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício até à morte, em benefício de uma causa ou de um ser. Se quiserdes saber o que é amar, considerai os grandes vultos da Humanidade e, acima de todos, o Cristo, o amor encarnado, o Cristo, para quem o amor era toda a moral e toda a religioso. Não disse ele: `'Amai vossos inimigos?"
Por essas palavras, o Cristo não exige da nossa parte uma afeição que nos seja impossível, mas sim a ausência de todo o ódio, de todo o desejo de vingança, uma disposição sincera em ajudar nos momentos precisos aqueles que nos afligem, estendendo-lhes um pouco de auxílio.
O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. Deus é o seu foco. Assim como o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o amor divino vivifica todas as almas; seus raios, penetrando através das trevas do nosso egoísmo, vão iluminar com trêmulos clarões os recônditos de cada coração humano. Todos os seres se criaram para amar. As partículas da sua moral, os germes do bem que em si repousam, fecundados pelo foco supremo, se expandirão algum dia. florescerão até que todos sejam reunidos numa única comunhão do amor, numa só fraternidade universal.
De "Depois da Morte".
* * *


Horizontes

Brevidade...


Há tempos esse espaço está, digamos, abandonadinho....o tempo passa ligeiro, compromissos profissionais, pessoais, nos ocupam o tempo; mas a passagem do tempo é um dos problemas mais estudados desde a antiguidade , um problema filosófico debatido por grandes pensadores. Para mim, um dos melhores a abordar sobre o tempo é Agostinho de Hipona. Questiona Agostinho: “Que é, pois, o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá apreender, mesmo só com o pensamento, para depois nos traduzir por palavras o seu conceito? E que assunto mais familiar e mais batido nas nossas conversas do que o tempo? Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos também o que nos dizem quando dele nos falam. O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei.” Realmente, explicar o tempo não é tarefa fácil, mas, podemos nos questionar, olhar no espelho por exemplo, ele mostra os sulcos deixados pelo tempo, mas quando procuramos observar nosso interior ainda podemos ver como se transgredíssemos o tempo, sentimos a 'menina' na maioria do tempo, embora a madureza nos acompanhe. Vou procurar, a partir de agora, aqui no blog, colocar para cada lembrança, uma receita culinária. Cresci assim, o alimento sempre foi o mote principal nas reuniões familiares. Certa vez, uma pessoa me cobrou dizendo que tudo que falo está ligado à comida, mas num tom jocoso. Num primeiro momento me entristeci, depois, parei para pensar e ele estava certo, sim, eu gosto de falar sobre comida, gosto de me alimentar, mas principalmente, amo cozinhar, adoro as misturas, os cheiros, as combinações que têm como resultado o amor, o prazer que coloquei no fazer. Embora as emoções reflitam também no que fazemos, sinto isso, nem tudo dá certo se estamos preocupados ou tristes no momento da confecção de algum alimento. A vida é assim, os encontros, desencontros, alegrias, tristezas, presente, passado, futuro, ações e reações. A vida é movimento, transformação, mas que apesar dos tropeços saibamos nos levantar e recomeçar novamente. Transformar pedras em pães. Que as bagagens que trouxermos sejam somente aquelas que vão agregar mais calmaria aos nossos passos para que o tempo disponível seja utilizado para fazer deste mundo um lugar melhor, mais aconchegante para nós e para os que convivem conosco. Me lembrei do primeiro doce que fiz na infância, eu contava com oito anos, o nome é bem sugestivo:''Brevidade''. Compartilho com vocês. Mas, e você tem alguma boa lembrança que possa compartilhar conosco? Ficaria feliz em receber. Um abraço carinhoso, e um beijo nas maçãs do seu rosto.
Brevidade -
Ingredientes
200 gramas de maisena
2 colheres de sopa de margarina
1 colher de fermento em pó
3 ovos
1 pitada de sal
1/2 xícara de açúcar

Modo de Fazer:
Bater primeiramente no liquidificador ovos, margarina, o sal e o açúcar
Acrescentar  a maisena e o fermento
Levar ao forno para assar em forminhas