quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vidas sem rumo

Era um sábado de sol e uma família aproveitava o início do verão para fazer um passeio diferente.
 
Informados de que uma ilha, situada à meia hora de barco do litoral, era um lugar agradável e belo, não hesitaram.
 
O pai comprou as passagens de barco, a mãe arrumou as crianças e chamou a vovó para compartilhar do passeio.
 
Nas mãos uma mochila com alguns apetrechos de praia para garantir um dia tranqüilo.
 
E só.
 
Não se informaram sobre o que realmente encontrariam, nem sobre o que deveriam levar para passar o dia.
 
Não se inteiraram também sobre o que havia para ser visto e se tinha algum tipo de guia no local para facilitar-lhes a empreitada.
 
Quando desembarcaram não atentaram para os demais passageiros, para onde iriam, ou que rumo tomariam.
 
Discutiam entre si para decidir o que fariam e, por fim, acabaram tomando uma trilha, dentre as muitas que havia, e caminharam muito, sem saber sequer para onde se dirigiam.
 
Passaram por pequeninas vilas, cruzaram riachos e pontes, até alcançar uma praia pequena, sem movimento e sem grandes atrativos.
 
Os mosquitos e o sol inclemente tornaram o passeio ainda mais difícil.
 
A ausência de um local apropriado para o almoço, para um descanso, também foi motivo de discussão entre os membros da família.
 
Horas depois de terem desembarcado, o único desejo de todos era retornar ao barco e voltar o mais rápido possível para casa.
 
Não conseguiam conceber como alguém poderia ter, em sã consciência, recomendado um programa como aquele.
 
Quando, enfim, conseguiram encontrar o caminho de volta e localizaram o trapiche onde haviam desembarcado, puderam sentar-se à sombra e comprar água fresca para beber.
 
Todos cansados e irritados, começaram a perceber as pessoas em volta e notaram os comentários que faziam a respeito da ilha.
 
Uns falavam ter adorado a vista do morro onde ficava o farol.
 
Mas, de que farol falavam?
 
Outros diziam que a fortaleza construída há mais de duzentos anos era um espetáculo à parte.
 
Fortaleza? Onde fortaleza?
 
Falavam também de praias de águas mansas e transparentes onde as crianças podiam brincar sossegadas.
 
Onde, afinal, ficavam tais praias?
 
Quando a família se alojou no barco que a levaria de volta ao continente, pai, mãe, avó e filhos se entreolharam e se deram conta de que haviam desperdiçado o dia.
 
Perceberam que por falta de planejamento, de diálogo e de cuidado, deixaram de conhecer as belezas daquele lugar, e que haviam sofrido desnecessariamente.
 
Esboçaram um sorriso sem graça e voltaram para casa em silêncio, pensativos e desapontados.
 
Muitos também passamos pela vida assim.
 
Vivemos por viver, sem saber ao certo o que fazer dessa oportunidade abençoada.
 
Não planejamos nossas condutas e repetimos mil vezes os mesmo erros, insistindo em antigos vícios.
 
Não sabemos o que queremos alcançar, quem queremos ser, e assim desperdiçamos horas, dias, anos...
 
Desperdiçamos vida.
 
Pense nisso!
 
Quem não sabe aonde pretende ir não chega a lugar algum.
 
Corre o risco de andar em círculos ou, ainda, de acabar sofrendo riscos e dores desnecessárias.
 
Planeje, no presente, o seu futuro.
 
Trace rumos seguros para sua vida.
 
 

Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Perguntas

Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito?
Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém...
Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali?
Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado?
Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV...
E você gelou porque o bom daquele momento já passou...
E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue?
Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso?
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo?
Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa?
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?
Para essas perguntas existem muitas respostas...
Mas o importante sobre elas não é a resposta em si...
Mas sim o sentimento...
Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal...
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
Então, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa...
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mágoas no coração.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com você mesmo!!!
Martha Medeiros